quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A MUITO PASSOU DA HORA DE CUBAS RENASCER PARA O MUNDO.

Carros antigos, mercado negro e racionamento: os efeitos do embargo
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  • Desmond Boylan/Reuters
Em breve, a presença de cidadãos dos Estados Unidos em Cuba deve se tornar tão comum quanto a dos antigos carros americanos que povoam a paisagem de sua capital, Havana.

Em meio ao anúncio da retomada das relações diplomáticas entre os dois países, uma das primeiras medidas implantadas será a facilitação de viagens, algo que era restrito desde o início da década de 1960.
Em 1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Cuba, em retaliação à expropriação de empresas americanas pelo recém-instalado governo revolucionário de Fidel Castro. No ano seguinte, as relações comerciais também foram interrompidas.
Isso impedia o comércio bilateral, empréstimos por organizações como Banco Mundial e o FMI à Cuba e o turismo entre os dois países.

Agora, com a volta do diálogo entre cubanos e americanos, as atenções se voltam para o futuro do bloqueio econômico a Cuba. "O principal não foi resolvido", disse nesta quarta o presidente Raúl Castro. "O embargo comercial, econômico e financeiro provoca enormes danos humanos e econômicos ao nosso país e deve acabar."
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Carros em Cuba20 fotos

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Um velho Oldsmobile transformado em táxi privado passa por rua em Havana em 2001<br>Em 19 de dezembro de 2013, o governo cubano autorizou a livre importação de carros ao país, proibida durante meio século Leia mais AFP

Lembrança

O automóveis antigos de Havana são, além de um sucesso entre turistas, uma lembrança dos efeitos destes 52 anos de embargo.

O bloqueio econômico empobreceu o país e afetou a praticamente a todas as indústrias cubanas, entre elas a automobilística, o que, junto com leis locais, criou uma situação curiosa.

Até quatro anos atrás, a grande maioria dos cubanos só podiam comprar carros fabricados antes de 1959, quando Castro assumiu o poder, segundo regras impostas pelo governo.

Sem conseguir adquirir novos automóveis, restou aos cubanos consertar os que já tinham, mas o embargo quase impossibilita o acesso a peças destes modelos vindas dos Estados Unidos.

Por isso, estes carros podem ser clássicos modelos americanos por fora, mas estão repletos de peças soviéticas por dentro.

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EUA e Cuba retomam relações diplomáticas após mais de 50 anos23 fotos

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17.dez.2014 - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversa por telefone com o presidente de Cuba, Raúl Castro, na Casa Branca, em Washington (EUA), antes de anunciarem a retomada das relações diplomáticas entre os dois países, inimigos desde o período da Guerra Fria, nesta quarta-feira (17) Leia mais Doug Mills/Reuters

Alto custo

Sem ajuda soviética, produtos foram racionados e subsídios impediram o aumento de preços.

Em plena Guerra Fria, o embargo colocou de vez lado a lado Cuba e União Soviética, que passou a ajudar economicamente o pequeno país da América Central.

Mesmo assim, o custo do embargo americano à economia é estimado em US$ 1,1 trilhão pelos governos de Cuba e dos Estados Unidos.

Uma medida desse prejuízo pode ser sentida em um dos setores mais tradicionais de Cuba, o de produção de rum.

Estima-se que 2,6 milhões de caixas deixaram de ser vendidas até 2010, totalizando US$ 106 milhões a menos.

O embargo também ampliou o mercado negro no país e fez com que muitos cubanos tentassem escapar do país rumo aos Estados Unidos em busca de uma vida melhor, criando em Miami uma das maiores comunidades de cidadãos cubanos fora de Cuba.

A falta de relações diplomáticas também teve seus efeitos no dia a dia da população. Durante a administração de George W. Bush, por exemplo, os programas de intercâmbio cultural praticamente desapareceram.

Dificuldades

Após cinco décadas, mais de 70% da população do país nasceu em meio ao embargo e às dificuldades trazidas por ele.

A situação se agravou a partir da década de 1990, quando a União Soviética entrou em colapso e, junto com ela, sumiram subsídios anuais estimados em US$ 4 bilhões e o apoio político dado pelo governo soviético a Cuba.

Isso levou o governo do país a racionar comida, energia e bens de consumo e a injetar dinheiro na economia para manter os preços de moradia e comida baixos.

Ao mesmo tempo, esse período de crise fez com que alguns controles governamentais fossem atenuados. Empresas passaram a poder importar e exportar sem pedir permissão ao governo. Zonas de livre comércio foram criadas.

O Partido Comunista de Cuba ainda abriu timidamente a economia para o capital estrangeiro.

Cuba: país em transição; entenda


Novos parceiros

No início dos anos 2000, outros países começaram a assumir papel da União Soviética, principalmente a China e a Venezuela, sob o governo de Hugo Chávez.

Os venezuelanos fornecem combustível barato, enquanto os chineses ajudam o país a desenvolver sua indústria petrolífera.

A Rússia buscou se reaproximar de seu antigo aliado, assinando acordos para explorar reservas de petróleo em alto mar.

O Brasil também teve seu papel, investindo US$ 640 milhões em projetos de infraestrutura, cujo principal beneficiário foi o porto de Mariel, no oeste de Cuba, a cerca de 40 km de Havana.

Neste período, o turismo tornou-se uma das principais fontes de renda para o país.

Depois do colapso da URSS, novos parceiros surgiram, como o Brasil, que investiu no porto de Mariel.

Novo rumo

O embargo foi ligeiramente afrouxado nos últimos anos. O presidente Bill Clinton abriu exceções na venda de produtos médicos e agrícolas para o país, alegando propósitos humanitários.

Sob o governo de Barack Obama, os cubano-americanos não tinham mais um limite para a quantidade de dinheiro que podiam enviar a seus parentes no país.

Mas, ainda hoje, as viagens entre os dois países são limitadas àqueles que conseguem permissões especiais, um processo demorado e burocrático.

Isso mudará com a retomada das relações diplomáticas, trazendo mais visitantes americanos ao país.

Mas, enquanto o bloqueio econômico estiver vigente, a experiência de circular pelas ruas de Havana ainda será para eles como fazer uma viagem de volta ao passado.

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EUA e Cuba: fatos que marcaram a disputa de 50 anos22 fotos

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Em 8 de janeiro de 1959, o líder cubano Fidel Castro discursa na base militar Columbia, conhecida depois como Ciudad Libertad, em Cuba. A revolução cubana trinfuou no dia 1 de janeiro de 1959, após o ditador Fulgencio Batista abandonar o país. Os então rebeldes desceram das montanhas e tomaram as bases e edifícios públicos. Os Estados Unidos reconheceram o novo governo, mais dois anos depois em 3 de janeiro de 1961, quebraram relações com Cuba e fecharam sua embaixada na ilha. Os dois países concordaram em reestabelecer relações diplomáticas e econômicas Leia mais AP/Arquivo

sábado, 22 de novembro de 2014

AGENTE DE TRÂNSITO DE CURITIBA

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo / Agentes da Setran informam de duas a três agressões por mês vindas de motoristas autuados Agentes da Setran informam de duas a três agressões por mês vindas de motoristas autuadosComportamento

“Xingamento é o bom dia” dado aos agentes de trânsito

Profissionais convivem com agressões físicas e verbais de motoristas que são flagrados em ações irregulares nas ruas
Publicado em 23/11/2014 |
A cena era trivial: dois carros haviam se envolvido em um acidente e um dos motoristas acenou para a o agente de trânsito que passava pelo local. João* estacionou e foi prestar o atendimento de praxe: pediu documentos do carro e carteiras de habilitação. Aí começou o problema. Um dos motoristas era policial militar e alegou que João não teria “competência” para pedir esses documentos, e que, caso insistisse, seria preso.
Foi o que aconteceu. “Quatro viaturas vieram para me conduzir até à delegacia”, lembra o agente. O policial ainda tentou processá-lo por abuso de autoridade, mas perdeu a ação. Apesar de o caso ter ocorrido há três anos, o agente ainda processa o Estado por danos morais. Nenhuma decisão foi proferida.
‘Carteirada’ é aspecto cultural do brasileiro
Uma oposição ao “jeitinho cordial” do brasileiro foi construída pelo sociólogo Roberto DaMatta. Em seu livro Carnavais, malandros e heróis, de 1997, ele lembra que o “sabe com quem está falando?” não é motivo de orgulho para ninguém. Para DaMatta, além da antipatia da expressão, ela esconde a nossa própria imagem e revela um aspecto dos mais hipócritas sobre a demonstração de violentos preconceitos.
A psicóloga Julieta Arsênio, especialista em Comportamento de Trânsito e diretora do Departamento de Crimes de Trânsito e Perícias da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), lembra do caso ocorrido no Rio de Janeiro, em que uma agente foi condenada a pagar R$ 5 mil de indenização a um juiz que dirigia sem habilitação, num carro sem placas e sem documentos.
A agente carioca Luciana Silva Tamburini flagrou o juiz João Carlos de Souza Correa. Como resposta à reação dele, Luciana disse que o juiz não era Deus. A indignação popular com a condenação levou à formação de uma “vaquinha” para ajudar a agente a reunir o dinheiro.
“O condutor infrator, além de impor sua posição profissional, ainda recorre a experiências já vivenciadas ou relatadas por amigos, simula comportamentos não cabíveis a um magistrado. Nesse caso, ele impôs seu status e ainda deu voz de prisão a alguém que estava apenas cumprindo seu dever”, observa.
Para ela, o uso dessa relação de poder para tentar escapar de uma punição ainda é comum. “Enquanto tivermos pessoas com o perfil ‘sabe com quem está falando’ o nosso trânsito continuará sendo considerado um dos maiores genocídios humanos, num século em que o desenvolvimento tecnológico avança a cada dia e o homem se mantém inerte”, avalia.
Orientação
Principal reclamação é a falta de “conversa” antes da autuação
É quase unanimidade entre os motoristas o argumento de que “só estava ali esperando uma pessoa” ou “estava dentro do carro, ele poderia conversar antes de multar”. No entanto, a legislação de trânsito não faz qualquer menção a diálogo antes de se lavrar uma autuação. “Se você tem carteira de habilitação, tem autorização para dirigir um veículo e a obrigação de conhecer a legislação de trânsito”, argumenta Eder Rodrigues, diretor de fiscalização da Setran.
Os agentes são preparados para aplicar o Código Brasileiro de Trânsito. A Setran, por sua vez, promove cursos de atualização e requalificação, incluindo abordagem social, que prepara o agente para atuar em situações que fogem da rotina. “Muitas pessoas não aceitam que se aplique a lei para elas. Elas querem a lei para os outros. Quando são enquadradas, ficam indignadas, questionam o agente de trânsito de forma grosseira, com ameaças e coação”, diz.
Para Rodrigues e também para o agente João*, a confusão feita pelos motoristas que insistem na tese da ‘conversa’ foi causada no início da fiscalização da Diretran, quando havia indicação de reforço na orientação. Atualmente, a conversa depende do bom senso do agente, mas ele não pode se furtar de aplicar uma autuação ao ver a infração – se não o fizer, o erro passa a ser dele. Além disso, o motorista que se sentir injustiçado pode recorrer da multa em uma junta específica.
Quatro mil é o número de pedidos de fiscalização que a Setran recebe a cada mês, feitos pela população da capital. Elas se somam às atividades regulares do efetivo da Secretaria de Trânsito. “Temos dificuldade de estar sempre presentes, nos desdobramos para atender as ocorrências”, diz Eder Rodrigues, diretor responsável pela fiscalização.
O caso é um retrato extremo mas não raro do que acontece aos agentes de trânsito na capital. Curitiba tem 355 profissionais. A cada mês, dois a três relatos de agressões mais contundentes chegam ao setor de gestão de pessoas. Em 2014, até a última semana foram 23 relatos de agressão.
Um caso grave ainda está sob investigação: um agente de trânsito foi assassinado, em agosto, enquanto trabalhava no bairro Cidade Industrial de Curitiba. Rinaldo Lopes, de 50 anos, levou um tiro dentro da própria viatura. Ele atendia a um pedido de verificação de estacionamento irregular quando foi abordado por dois homens que estavam em uma moto e efetuaram o disparo.
Segundo João, xingamentos são constantes. “FDP é como bom dia. Você tem que se acostumar”, desabafa. Já os casos em que há violência física são mais raros, mas ainda assim ocorrem. Em meados dos anos 2000, uma agente que fiscalizava o Estacionamento Regulamentado (EstaR) apanhou de um juiz.
Por isso, desde a época da Diretran existe o Grupo Anjo, formado pelos próprios funcionários, que tem como objetivo apoiá-los e orientar nos casos em que há necessidade de registro de boletim de ocorrência ou até mesmo de ações judiciais.
Arrogância
Ele conta que o “você sabe com quem está falando” é usado indistintamente, mas há “tipos” que tentam se valer da posição ou profissão com mais frequência. Além de pessoas que aparentam alto poder aquisitivo, estão na lista profissionais do Direito de modo geral, policiais, padres, pastores e políticos, que além de tentar se livrar de eventuais multas, também invocam sua base de votos.
O modo de atuação inclui a tradicional ‘carteirada’, até reclamações em sermões de missas – uma vez que carros estacionados em cima da calçada são multados, incluindo os que estão atrapalhando os pedestres na frente de igrejas. Há quem ligue para secretários de estado e diretores de trânsito, e os que fazem discursos inflamados contra os agentes no plenário de casas legislativas.
Recentemente, outro problema enfrentado pelos agentes está ligado à ação de criminosos, que intimidam e até impedem a entrada dos profissionais em determinadas comunidades.
“Apesar da fama de arrogantes ou prepotentes, os agentes têm de ter calma para lidar com isso. Estamos fazendo o nosso trabalho e cumprindo a lei. É meu dever autuar uma irregularidade, não há outra possibilidade”, diz João*.
Mais agentes
Os 355 agentes da Setran estão divididos em duas unidades, de fiscalização e estacionamento rotativo. O esquema de trabalho tem sete turnos. O problema é a quantidade de profissionais. Uma recomendação do Denatran diz que deve haver um agente para cada mil veículos. Curitiba, que possui uma das maiores frotas do Brasil, precisaria de 1.355 agentes
*Nome fictício

segunda-feira, 7 de abril de 2014

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sexta-feira, 28 de março de 2014

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quarta-feira, 26 de março de 2014

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terça-feira, 4 de março de 2014

Em 2026, os carros serão autônomos, prevê estudo americano.

Em 2026, os carros serão autônomos, prevê estudo americano

03/03/2014 - 20h32
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DE SÃO PAULO

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Atualmente carros mais sofisticados já são capazes de frear sozinhos, caso sensores detectem que há risco de acidente à frente e o condutor não esboçou reação. Outra nova tecnologia que começa a se difundir: o assistente de direção. O sistema é capaz de fazer correções no ângulo de esterço do volante, mantendo o automóvel automaticamente em sua faixa de rolamento.
Isso é apenas uma ponte para a popularização do veículo totalmente autônomo. Segundo estudo do banco Morgan Stanley, a partir de 2026, os carros novos serão conectados entre si e comandados por uma central "hi-tech" de trânsito. Dessa forma, poderão transitar sozinhos, bastando ao condutor digitar o destino no painel.
Editoria de arte/folhapress
Segundo montadoras, os primeiros carros autônomos chegarão ao mercado na virada da década. O primeiro grande teste ocorrerá durante as Olimpíadas de Tokyo, em 2020. A cidade japonesa promete construir toda a estrutura para poder receber a novidade.
A principal razão para a criação do carro autônomo é a redução do número de acidentes. Com o tráfego integrado e inteligente, não haverá batidas entre os automóveis ou derrapagens por excesso de velocidade nem a necessidade de semáforos em cruzamentos sem travessia de pedestres. O fluxo do trânsito também melhoraria. Tudo isso, segundo o Morgan Stanley, pouparia por ano US$ 5,6 trilhões (cerca de R$ 13 trilhões) ao mundo.
A Folha, no ano passado, testou nos EUA um Nissan Leaf autônomo em pista fechada.