segunda-feira, 29 de outubro de 2012

1. Qual o tamanho da tela?


1. Qual o tamanho da tela?

É uma questão de proporção: quanto maior o ambiente, maior o aparelho
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SAULO FERREIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O tamanho da TV é o aspecto mais importante na escolha de um novo aparelho. Na verdade, tudo é uma questão de proporção. Quem possui uma sala enorme em casa não deve escolher um aparelho com tela muito pequena. Optar pela maior TV da loja se o espaço em casa for reduzido também é furada.
O mais importante é respeitar a distância razoável entre o sofá e a TV. Além de economizar dinheiro ao deixar de investir em um aparelho muito grande, você não vai limitar seu campo de visão.
FIQUE LIGADO
Respondemos a 10 dúvidas frequentes de quem planeja comprar uma TV
Ou seja, não vai precisar virar a cabeça de um lado a outro para acompanhar o que acontece na tela.
Não há regra universal para definir o tamanho de TV ideal para cada situação.
O mercado oferece apenas recomendações de empresas especializadas no assunto.
Uma das mais conhecidas neste campo é a THX, criada pelo cineasta George Lucas e que se especializou em definir padrões de qualidade para salas de cinema e equipamentos de áudio e vídeo.
Para obter a melhor experiência em casa, a companhia recomenda que o ângulo entre o local do espectador e a TV tenha uma abertura frontal de 40 graus em direção à tela, como mostra o infográfico acima.
O cálculo sempre leva em conta o tamanho do ambiente. Em uma sala em que o usuário permanece sentado a dois metros da tela, uma TV de 46 polegadas é suficiente.
Outro ponto importante é a posição da TV em relação à visão do espectador: deve ser sempre uma linha reta dos olhos do espectador ao centro da tela do aparelho.
Uma TV muito grande instalada acima da linha normal de visão causa desconforto semelhante àquela de sentar na primeira fila no cinema.
Após horas em frente à TV, é torcicolo na certa.
Editoria de Arte/Folhapress

Conheça os carros mais caros e potentes do Salão de São Paulo.


Conheça os carros mais caros e potentes do Salão de São Paulo.

29/10/2012 - 07h01 
DE SÃO PAULO
Salão de Paris 2012O Salão de São Paulo vai até 4 de novembro. Além de antecipar alguns lançamentos que estarão nas concessionárias em breve, a 27ª edição da mostra mais importante do setor no país reúne alguns modelos que chamam a atenção tanto pela potência e pelas linhas ousadas como pelo preço elevado. Comprá-los é possível, mas ainda é para poucos. Olhar, custa só o ingresso.
Reprodução Folha
Lexus LFA
O esportivo mais arisco da Lexus, divisão de Luxo da Toyota, é também o modelo mais caro do Salão de São Paulo: R$ 2,9 milhões. O LFA é movido por um motor 4.8 V10 de 552 cv e tem velocidade máxima de 325 km/h. A carroceria de fibra de carbono garante o baixo peso de 1.480 kg.
Divulgação
Ferrari 458 Spider
A tradicional marca italiana de esportivos dispensa apresentações. A versão conversível da 458 motor 4,5 V8 de 570 cv, atinge 100 km/h em 3,4s e tem máxima de 320 km/h. No Brasil sai por R$ 2,05 milhões.
Divulgação
SRT Viper
A nova geração da víbora é o modelo mais potente do Salão. O motor 8.4 V10 entrega 640 cv. Ainda não há preço oficial para o Brasil, mas, a Folha apurou que o carro terá importação oficial em 2014.
Divulgação
Audi R8 GT Spyder
A fera alemã tem motor V10 de 560 cv e chega aos 100 km/h em 3,8s, segundo a Audi. O esportivo conversível custa R$ 1,2 milhões.
Divulgação
Jaguar F-Type
O roadster (conversível de dois lugares) reúne desempenho e charme como todo legítimo veículo ingles de luxo. O teto retrátil é feito de tecido e demora apenas 12s para ser recolhido. O F-Type chega ao Brasil um pouco depois do Salão, conforme antecipou a Folha em setembro, mas o preço ainda não está definido.
Divulgação
Porsche 911 Turbo S - Edition 918 Spyder
O nome comprido registra a exclusividade. A versão especial do mítico esportivo alemão, limitada a 918 unidades, é destinada apenas aos clientes que adquirirem a próxima a geração do 918. Apesar de detalhes estéticos, o motor ainda é o seis cilindros boxer turbo de 530 cv.
Divulgação
Aston Martin Virage
Falando modelos de luxo ingleses, a Aston Martin é um ícone imortalizado por James Bond. E o novo Virage é de fazer inveja a qualquer 007. As novas linhas visuais da marca modernizaram os carros sem perder a tradicional identidade. O cupê foi projetado para ficar entre o DB9 e o DBS. O motor é 6.0 V12 de 490 cv.
Divulgação
Dodge Charger SRT8
Típico "muscle car" norte-americano, o Dodge Charger aparece no Salão de São Paulo na versão SRT8, que tem preparação da divisão esportiva da Chrysler. O motor é um Hemi 6.4 V8 Hemi 470 cv.
Divulgação
Ford Mustang Boss
Outro ícone da categoria, aparece em São Paulo na versão Boss, que faz referências ao clássico de 1970. O motor V8 de cinco litros entrega 440 cv. O carro está no Anhembi a passeio. A Ford continuam descartando fazer a importação oficial da linha Mustang.
Divulgação
Toyota GT 86
Criado em parceria com a Subaru, o 86 é um irmão gêmeo do Subaru BRZ. O motor de quatro cilindros opostos rende 200 cv. A tração é traseira, e o câmbio, manual de seis velocidades

sábado, 27 de outubro de 2012

Os homens fortes do futuro prefeito


Os homens fortes do futuro prefeito

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27/10/2012 | 00:04 | DANIELA NEVES
A campanha de segundo turno para a prefeitura de Curitiba consolidou apoios aos dois candidatos que disputam essa etapa de votação. E tais manifestações devem se traduzir em cargos e certo poder na prefeitura da cidade pelos próximos quatro anos. Os candidatos juram que não negociaram cargos ao receberem os apoios, mas mesmo se essa afirmação for verdadeira, os partidos e lideranças devem cobrar o seu quinhão quando o resultado final for divulgado. A prefeitura tem hoje 619 cargos comissionados, sendo 30% ocupados por funcionários de carreira. Dos cargos, os mais cotados são os de secretários (23), presidente de órgãos públicos (5), administradores regionais (5) e superintendentes (26). Os apoios recebidos durante a campanha podem indicar quem vai estar nos cargos mais cobiçados do Executivo Municipal.
Gustavo Fruet terá de decidir espaço que os aliados PT e PV terão na prefeitura
• 619 cargos da prefeitura são os chamados comissionados, que são indicados pelo prefeito e aliados.
• 23 deles representam os chefes das secretarias. Embora os candidato neguem troca de cargo por apoio, já é possível imaginar quem poderá estar nas principais cadeiras.
Dê a sua opinião
Quem você acha que estará ao lado de Ratinho Júnior ou Gustavo Fruet na prefeitura? Por quê?
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
O pedetista Gustavo Fruet, se eleito, terá de decidir qual espaço da prefeitura dará para seus aliados do primeiro turno: os correligionários do PDT, PT e PV. Alguns assessores de confiança deste período eleitoral que devem permanecer ao lado de Fruet são Gerson Gelmann e o economista e professor da UFPR Fábio Scatolin, dois coordenadores de campanha. A irmã do candidato, Eleonora Fruet, pode voltar para a pasta da Educação, que já ocupou durante a gestão de Beto Richa na prefeitura de Curitiba
O PDT municipal deve ter seu espaço na prefeitura. O diretório eleitoral comandado por Wilson Picler, empresário do ramo da educação, foi um dos grandes articuladores dofinanciamento da campanha. O arquiteto Lubomir Ficinski, presidente do Ippuc na década de 70, e o engenheiro Augusto Canto Neto -- que também foi presidente do instituto, na gestão de Beto Richa -- são nomes fortes para voltar à presidência do órgão. O vereador não reeleito Caíque Ferrante (PRP) é um nome possível para a pasta da Comunicação.
O PT, que indicou a vice Mirian Gonçalves para a chapa, aumentou seu engajamento neste segundo turno da campanha. Fruet pode ter de lidar com diversos grupos da legenda petista. Além da ala ligada ao deputado federal Dr. Rosinha, que foi o grande apoiador do nome de Mirian Gonçalves, devem ter poder de indicação para cargos os ministros Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, o deputado federal Angelo Vanhoni e o presidente da Itaipu, Jorge Samek.
Fruet também deverá decidir sobre os novos aliados, como as lideranças do DEM em Curitiba, na figura do deputado estadual Osmar Bertoldi, além dos três vereadores da legenda – Sabino Picolo, Julieta Reis, reeleitos, e Denílson Pires. O PPS, que tem como principal líder no Paraná o deputado federal Rubens Bueno, é outro apoio que surgiu no segundo turno. Rubens era vice na chapa do candidato à reeleição Luciano Ducci (PSB) e o PPS tem cargos na atual gestão. A Urbs é hoje administrada por Marcos Isfer, que é presidente do PPS de Curitiba. Porém, quem é mais cotado para ocupar uma vaga na prefeitura pelo partido é o ex-jogador Paulo Rink, recém-eleito vereador.
Antigos nomes podem voltar ao Executivo junto com Ratinho Júnior
O grupo ligado ao governador Roberto Requião foi o apoio mais engajado na campanha de segundo turno de Ratinho Júnior (PSC). Tanto Requião quanto o ex-candidato a prefeito Rafael Greca declararam apoio a Ratinho. Greca deve ocupar uma pasta ligada a urbanismo na prefeitura de Ratinho. No primeiro turno, alguns peemedebistas, como Renato Adur e Marcelo Almeida, já estavam envolvidos na campanha de Ratinho Júnior. Adur é ex-secretário de Requião e Marcelo Almeida é ex-deputado federal e empresário.
O deputado federal Fernando Francischini, do recém-criado PEN, deve ser homem forte na administração de Ratinho. O candidato já anúncio o parlamentar à frente da pasta da Segurança, com a criação de uma supersecretaria municipal para a área.
O PTB curitibano também está engajado na campanha do PSC, tendo a frente o deputado estadual Fábio Camargo. O parlamentar pode ter seu espaço na prefeitura, caso Ratinho vença. O PCdoB, coligado a Ratinho desde o primeiro turno, deve ganhar cadeira na prefeitura, provavelmente com Cláudio Ribeiro, ligado à área da cultura.
Um dos coordenadores de campanha, Lineu Tomás, e Hélio Amaral, coordenador do plano de governo, devem continuar ao lado do candidato na prefeitura. O PSC, partido de Ratinho, tem apenas um vereador na Casa, Julião Sobota, mas elegeu seis em 2012 e o grupo deve indicar aliados para cargos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Atividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro.


Atividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro.

DA BBC BRASIL
atividade física regular na terceira idade pode ajudar a evitar o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência, revela um novo estudo.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e analisou dados de 638 pessoas com 70 anos que foram submetidas a exames cerebrais.
Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram menor retração do cérebro do que os que não se exercitavam.
Por outro lado, os que realizavam atividades de estimulação mental e intelectual, como fazer palavras cruzadas, ler um livro ou socializar com os amigos, não tiveram efeitos benéficos em relação ao tamanho do cérebro, constatou o estudo, publicado na revista Neurology.
DETERIORAÇÃO
A ciência já provou que a estrutura e funcionamento do cérebro se deterioram com o passar dos anos.
Também são inúmeros os registros na literatura médica de que o cérebro tende a encolher com o envelhecimento.
Tal encolhimento está ligado a uma perda de memória e das capacidades cerebrais, dizem as pesquisas.
Os estudos têm mostrado que as atividades sociais, físicas e mentais podem contribuir para a prevenção desta deterioração.
No entanto, até agora não tinham sido realizados amplas pesquisas com imagens cerebrais para observar essas mudanças na estrutura do cérebro e seu volume.
Segundo o estudo, que levou três anos para ser concluído, o médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias.
No final desse período, quando completaram 73 anos, os participantes passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.
Depois de levar em conta fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava "significativamente associada" com a menor atrofia do tecido cerebral.
"As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aqueles que eram menos ativos fisicamente", exlicou Grow.
"Além disso, nosso estudo não mostrou nenhum benefício real no tamanho do cérebro com a participação em atividades mental e socialmente estimulantes, como observado por imagens em scanners de ressonância magnética durante os três anos de estudo", acrescentou.
Segundo o pesquisador, a atividade física foi também associada a um aumento no volume de massa cinzenta.
Esta é a parte do cérebro onde se originam as emoções e percepções. Em estudos anteriores, essa região está relacionada à melhora da memória de curto prazo.
Quando os cientistas analisaram o volume de substância branca, responsáveis pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam menos.
CAUSAS
Embora estudos anteriores já tenham mostrado os benefícios do exercício para prevenir ou retardar a demência, ainda não está claro os motivos por que isso acontece.
Os pesquisadores acreditam que as vantagens da atividade esportiva podem estar ligadas ao aumento do fluxo de oxigênio no sangue e de nutrientes para o cérebro.
Mas uma outra teoria é que, como o cérebro das pessoas encolhe com a idade, elas tendem a se exercitar menos e, assim, acabam tendo menos benefícios.
Seja qual for a explicação, dizem os especialistas, os resultados servem para comprovar que o exercício físico é benéficio para a saúde.
"Este estudo relaciona a atividade física à redução dos sinais de envelhecimento do cérebro, sugerindo que o esporte é uma forma de proteger a nossa saúde cognitiva", disse Simon Ridley, da entidade Alzheimer's Research no Reino Unido.
"Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal deste estudo, nós sabemos que o exercício na meia idade pode reduzir o risco de demência futura", acrescentou.
"Vai ser importante acompanhar tais voluntários para ver se essas características estruturais estão associadas com maior declínio cognitivo nos próximos anos", disse.
"Também será necessário mais pesquisas para saber detalhadamente sobre por que a atividade física está tendo esse efeito benéfico", afirmou.
Já o professor James Goodwin, da organização Age UK, que financiou a pesquisa, disse: "Este estudo destaca novamente que nunca é tarde para se beneficiar dos exercícios, seja uma simples caminhada para fazer compras ou um passeio no jardim", concluiu.
"É crucial que, se o fizermos, permanecer ativo à medida que envelhecem", acrescenta.

Trabalho e família dificultam novas amizades na vida adulta 23/10/2012.

A professora Giovana Breitschaft, que diz ter perdido a oportunidade de cultivar uma nova amizade por falta de tempo


Ads by DownloadNSave       CIÊNCIA Trabalho e família dificultam novas amizades na vida adulta 23/10/2012 - 05h01 | da Folha.com Aumentar tamanho da letra Diminuir tamanho da letra Compartilhar Imprimir Enviar por e-mail Comente AMANDA LOURENÇO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Um dia a pessoa se percebe "velha" para novos amigos. Pode ocorrer aos 50 anos, aos 40, até aos 30: apesar da coleção de nomes no Facebook, ela não tem quem convidar para um cinema, a não ser o próprio parceiro/a. Normal. Nada do que vem depois de colégio e faculdade reúne tantos fatores favoráveis ao início e à manutenção de amizades, a saber: proximidade, disponibilidade, interesse mútuo, confiança. A vida adulta rouba disposição para conhecer gente nova. Prioridades mudam, festas dão lugar a jantares a dois. Saem viagens com "galera", entram passeios com filhos. Outra evidente razão para o estreitamento do círculo após certa idade é a implicância que o parceiro costuma ter com os amigos do outro. "Meu namorado não gosta de minhas amizades. Nem saímos com outros casais porque são da época do meu ex, o que deixa ele constrangido e enciumado", diz a psicóloga Letícia Almeida, 28. Isadora Brant/Folhapress A professora Giovana Breitschaft, que diz ter perdido a oportunidade de cultivar uma amizade por falta de tempo O trabalho também não ajuda a criar laços. Em vez de buscar pontos em comum com colegas, a maioria precisa expor seus diferenciais, como ilustra o antropólogo Mauro Koury, professor da Universidade Federal da Paraíba: "É preciso concorrer com os outros e superá-los". Para ele, que coordena o Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções, a faixa etária considerada produtiva --especialmente de 30 a 45 anos-- sofre mais o efeito dessa disputa por reconhecimento. Assim, é comum que profissionais abram mão de atitudes úteis para fazer amigos, como demonstrações de cumplicidade e fraqueza, porque valem menos que racionalidade no local de trabalho. "Há uma ação ambígua entre o plano ideal de conquista do mundo profissional, que exige foco em si mesmo e trata o outro como possível usurpador do seu projeto, e, ao mesmo tempo, a necessidade de compartilhamento, afeto e amparo emocional", diz Koury, acrescentando que tal necessidade acaba sendo suprida em casa. SAÚDE SOCIAL As pessoas passam a vida no trabalho, então fazer amigos fora desse ambiente requer esforço. Não adianta fazer o percurso casa-trabalho, trabalho-casa e reclamar. Para driblar a solidão que a família não preenche, especialistas recomendam aliar uma atividade de bem-estar com a procura por gente. "Lazer e atividade física em grupo são as melhores formas de fazer amigos. São contextos propícios à ampliação do círculo social. Além da saúde social, a saúde física é envolvida", diz a psicóloga Luciana Karine de Souza, professora da UFMG e organizadora do livro "Amizade em Contexto: Desenvolvimento e Cultura", com Claudio Hutz. Foi o que fizeram os integrantes de um grupo formado numa academia no Jardim da Saúde, em São Paulo. O empresário Donizete dos Santos, 51, casado, conta que ali achou sua turma: "A amizade no trabalho nem sempre é como a gente quer, tem interesses envolvidos. Aqui na academia a amizade é desinteressada, leve, espontânea. Tenho alguém para conversar sempre que preciso". Lucas Lima/Folhapress O empresário Donizete dos Santos e a gerente Fabianne Lima, "brothers" da academia Fabienne Abud Lima, 38, gerente comercial, confirma: "Nos encontramos diariamente na academia, mas também organizamos almoços e saídas. A vida fica mais gostosa se você faz parte de um grupo. Às vezes estou cansada depois de um dia de trabalho, mas acabo saindo por causa deles", conta ela, que é casada e tem um filho de 13 anos, "mascote da turma". A maior parte do grupo tem parceiro e filhos. Os cônjuges não implicam, segundo eles, e até os acompanham em reuniões fora da academia. "Mudei de bairro, saí da zona sul para a oeste, mas fiz questão de continuar na mesma academia. Antes levava três minutos para chegar lá, agora levo 40, mas ainda vale a pena", explica Fabianne. FIM DA LISTA A falta de tempo também é uma razão (ou justificativa) para a atrofia das amizades na idade adulta A disposição para se dedicar a novos amigos desliza lá para o fim da lista de prioridades diárias. A professora de línguas Giovana Breitschaft, 34, por exemplo, ficou com a sensação de ter desperdiçado uma amizade espontânea surgida na aula de dança e assume sua parcela de culpa. "Rolou uma empatia forte, nós duas trocávamos coisas sobre nossas vidas. Nos encontros, obrigatórios por causa das aulas, a gente cultivava a amizade. Mas ela abandonou a dança e novos encontros passaram a depender de nós mesmas. Claro, foram ficando menos frequentes por preguiça ou inércia. Se tivéssemos nos conhecido dez anos antes, teríamos nos tornado grandes amigas." DE INFÂNCIA Manter amigos de infância pode ser tão complicado quanto fazer novos. Além da falta de tempo, há falta de assunto, bem mais grave. "Amizades antigas tendem a se tornar intimidades antigas, já que tomamos caminhos muito diversos vida afora. É muito raro que os amigos de infância mantenham afinidades na vida adulta, mas intimidades antigas podem ser muito confortáveis, mesmo estando em um patamar abaixo da amizade", diz o psicanalista Francisco Daudt, colunista da Folha e autor de "O Amor Companheiro". Na infância e na adolescência a camaradagem vem da cumplicidade e do acaso --cair na mesma turma, por exemplo. As amizades vão surgindo dentro de um número limitado de colegas. Ao longo dos anos, esse colegas dividem experiências que marcam suas vidas. "Escola e faculdade são ambientes em que você pode conhecer longamente as pessoas. As afinidades são descobertas com o tempo e a aproximação e a intimidade maturam na hora devida", diz Daudt. Amigos antigos, ou intimidades antigas, ao menos, têm a grande vantagem de se gostarem como são, defeitos e pontos fracos incluídos no kit. As pessoas se sentem mais livres para serem elas mesmas nesse tipo de vínculo, explica o psicanalista. Já em novas aproximações o esforço precisa ser maior. "Adultos são mais seletivos. Fazer amizades exige energia para investir. É preciso segurar as próprias manias e fazer concessões em nome da nova relação, tolerando os defeitos do novo amigo", diz a psicóloga Luciana de Souza. 
O empresário Donizete dos Santos e a gerente Fanianne Lima, integrantes de grupo de "brothers" formado na academia
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É A MÁQUINA DOMINANDO AS FUTURAS GERAÇÕES.